9 de junho de 2010

Os animais são nossos amigos

Tenho medo de animais. Pronto, já disse. Não é só de cães, é de gatos, pássaros, insectos, rastejantes, roedores… basicamente, tudo o que mexa e não tenha aparência de ser humano. Bem sei que os humanos são muito mais perigosos do que qualquer animal, que estes, em princípio, se não lhes fizermos mal também não nos atacam, que são muito mais fiéis e companheiros do que qualquer humano, etc., etc. Sei disso tudo e até acredito que seja verdade. Também sei que continuo a ter medo e que não há nada a fazer. É perfeitamente irracional, pois é. Na verdade, nunca fui atacada por nenhum animal, mordida, arranhada, bicada (o pior mesmo foi uma ferroada de abelha em criança). Mas isso só ainda não aconteceu porque eu não me aproximo deles, obviamente. Qual é a dúvida? Eu tento, juro que tento controlar o medo. É que o meu primeiro instinto ao ver um bicho qualquer é fugir a sete pés na direcção contrária. Ora isto coloca alguns problemas, quando se anda na rua e nos aparece um cão vadio à frente. Antigamente, atravessava a estrada. Agora já me controlo um bocadinho, passo o mais longe possível, mas consigo cruzar-me com a fera.

(Um pequeno esclarecimento antes que me ponham a sociedade protectora dos animais nos calcanhares: nunca fiz mal a bicho nenhum, excepto uns mosquitos, moscas, melgas e aranhiços, e não gosto, odeio mesmo, ver animais maltratados e abandonados! Continuemos.)

Mas há algumas pequeninas, mínimas excepções. Primeiro houve o Pluto, cãozito rafeiro que os donos abandonaram no Verão perto do prédio onde eu morava e que foi imediatamente adoptado por toda a vizinhança. Depois, houve a Fifi, caniche de uma amiga minha, que me perseguia constantemente até que acabou por conseguir conquistar-me, claro. Mais tarde o Perdigoto, outro rafeiro que conheci mal nasceu e que era das coisinhas mais queridas ao cimo da Terra, era impossível não gostar dele. A certa altura apareceu o Proxy/Rupert, gato doido com dupla personalidade (a sério!), acabadinho de nascer debaixo de um carro à porta da empresa onde trabalhava e que, claro, adoptámos durante uns meses. E agora, já há uns tempos, temos o Júnior, o modelo aqui da foto ao lado. Supostamente, é um cão de guarda. Na verdade, ladra que se farta mas basta fazer-lhe uma festa para se derreter aos nossos pés. Destes perdi o medo. Dos outros…

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