30 de abril de 2010

Ganhei uma alma nova

Esta brincadeira valeu-me ficar com as calças molhadas até ao joelho, mas deu-me uma alma nova. Não há como o mar, o sol e a praia para me deixarem assim.



Pirataria? Por que não?

Pelos vistos, há alguns políticos minimamente esclarecidos em relação a determinados assuntos. A questão da pirataria é complexa, obviamente que quem trabalha quer ser pago pelo que faz, mas é preciso acompanhar a evolução da tecnologia e adaptar-se aos novos tempos. Sem dúvida que a Internet permite divulgar de forma muito mais rápida e abrangente um produto cultural, seja ele qual for - filme, música, até livro. E enquanto os artistas e respectivas associações que supostamente os representam não perceberem isto e insistirem em vender os seus produtos a preços estupidamente caros, não vão conseguir lutar contra este fenómeno.

Flower Blog II







Parece que a solução para a crise económica da Europa está à venda na loja dos chineses.

29 de abril de 2010

Traduções, e das boas!

Na ementa de um restaurante lisboeta, no Bairro Alto (onde, por sinal, se come bastante bem), podem encontrar-se as seguintes pérolas como tradução para inglês dos nomes de sobremesas tipicamente ‘tugas:


Soaked eggs (Encharcada de ovos)
Cake cookie (Bolo de bolacha)
Rançoso cake (Bolo Rançoso)
E a minha preferida: Sweet Grandma.(Doce da avó)

Uma sugestãozinha para os proprietários e gerentes de restaurantes procurados por turistas: em vez de tentarem traduzir os nomes, que tal procurarem antes apresentar uma pequena explicação do que é exactamente a sobremesa? Parece-me que seria mais esclarecedor.

É que já estou mesmo a ver um turista americano, daqueles grandes, gordos e especialmente burros, a pensar se quer comer uma avó doce…

Mas para tirar a carta é preciso fazer exame...

Este tipo de notícias revolta-me. Como é possível estas situações acontecerem em pleno século XXI? Mesmo a uma cidade do interior como São João da Madeira, que afinal fica a poucos quilómetros do Porto, já há muito tempo chegaram os vários métodos contraceptivos disponíveis hoje em dia. E a informação também, já que se fala nisso. Ainda por cima, diz a notícia do DN que já havia antecedentes por uma situação semelhante ocorrida há uns anos. E ninguém fez nada? E desta vez, o que vai acontecer a este monstro?
Essas associações ditas "pró-vida", que tanto se opõem à lei do aborto e à contracepção, o que têm a dizer agora? E essa gentalha que à força quer impedir a educação sexual nas escolas porque acha que as pobres criancinhas vão começar a ter ideias e comportamentos impróprios (esquecem-se que também já foram crianças e tiveram as mesmas ideias e os mesmos comportamentos, sem ter essas aulas), por acaso considera preferível acontecer isto? Não é necessário educar ninguém, aprendemos todos por tentativa e erro?
Não me lixem! É que até para conduzir é preciso ter aulas e passar um exame teórico e outro prático.

Conversa entre amigas

- Lembras-te do namorado dela, o P.?
- Qual era esse? Como é que ele era?
- O madeirense, era mais novo que ela, tinha cara de miúdo.
- Ah, aquele dos caracóis, muita maluco?
- Não, esse foi antes. Este tinha um irmão chamado D. que estudava medicina. Era da Madeira.
- Ah, aquele que era de Setúbal?
- …

A sangria do jantar estava já a fazer efeito.

28 de abril de 2010

E ainda há quem duvide da teoria da evolução

Li esta notícia no Público e não pude deixar de a comentar aqui. Afinal, nós e os chimpanzés não somos tão diferentes como às vezes queremos fazer crer. Parece que há animais selvagens com comportamentos mais humanos do que muitos homens...

Biciclistas*

Parece que está na moda andar de bicicleta. A chegada da Primavera e do bom tempo ajudam, sem dúvida. Mas no país onde vivo, que não é Portugal para muita pena minha (ou talvez não – depende dos dias!), até no pino do Inverno, com chuva, neve ou temperaturas negativas, aí andam eles alegremente, pedalando as suas biclas, estrada acima, estrada abaixo. Não tenho nada contra, muito pelo contrário. Até gosto muito de andar de bicicleta. Tenho pena de não ter aprendido na idade em que devia e portanto não me sinto muito à-vontade em cima do selim, o que não me impede de desfrutar de bons momentos a pedalar. Mas sem exageros. Uma coisa é pedalar uns minutos ou umas horas ao fim do dia, ao fim-de-semana, enfim, nos tempos livres. As ciclovias, que por aqui são muitas, convidam ao passeio. Outra coisa muito diferente é ir de bicicleta para todo o lado. Mesmo todo o lado. É vê-los de manhã a ir para o trabalho, ao fim do dia a regressar a casa...


A minha dúvida é só esta: depois de pedalarem durante vários quilómetros de casa para o trabalho, por montes e vales, subidas íngremes e curvas apertadas, a respirar os fumos dos escapes dos automóveis e a transpirar por todos os poros… quando chegam, tomam um duchezito e mudam de roupa ou sujeitam os colegas às consequências das vossas escolhas?


* Se andam de bicicleta, devem ser biciclistas; se andassem de cicleta então sim, seriam ciclistas. Esta língua de Camões está a precisar de ser actualizada – e não falo de acordos ortográficos e companhia!

27 de abril de 2010

Liberdade?

Embora tenha nascido ainda durante o Antigo Regime, seis mesinhos antes da Revolução, posso dizer que cresci e vivi sempre em liberdade. A tal que foi conquistada praticamente sem tiros nem derrame de sangue, apenas com cravos enfiados no cano das espingardas. É bonito, simbólico, sem dúvida. Mas o que é isso da liberdade? Fazer e dizer o que queremos, onde, quando e como queremos? Pois, está bem. Contem-me histórias!


Primeiro, são os pais e os professores a impor-nos regras e a impedir-nos disso. Parece que se chama “educação”… Depois, vêm os patrões e os chefes. A troco de um mísero salário, temos de cumprir horários, sujeitar-nos às regras e aos caprichos deles e andar de cara alegre sob pena de sermos acusados de criar mau ambiente de trabalho. E quando nos apetece mandar tudo às urtigas, ir de férias e não voltar... Lembramo-nos da falta que nos faz o dinheirinho ao fim do mês. E voltamos, que remédio. Resignados, contrariados, sob protesto, mas voltamos.
Pensar em mudar de emprego está fora de causa! Da maneira que isto anda, por culpa da crise ou com a desculpa dela, o mais certo é ficarmos dependentes de um subsídio de desemprego que, não tarda mesmo nada, acaba – porque não há trabalhadores suficientes para sustentar uma segurança social praticamente na falência. E, mesmo que tenhamos a sorte de encontrar outro emprego, o problema mantém-se: o chefe será certamente mais um mentecapto, burro que nem uma porta, a ocupar um lugar que é dele por antiguidade ou cunha, mas nunca por competência.

Talvez seja por isso que as apostas no Euromilhões e no Totoloto aumentam de semana para semana e que os casinos estão cheios de gente desesperada, que torra tudo o que tem e (principalmente) o que não tem na esperança vã de enriquecer e poder, realmente, ser livre.

P.S.: Desta vez, foi mesmo muito duro voltar ao trabalho…

De regresso

Eis-me de volta, depois de duas semaninhas de férias. Mais ou menos a meio-gás, mas de volta ainda assim. Sem vontade nenhuma de regressar ao trabalho, à rotina, às coisas do dia-a-dia. Falta muito para o verão?...

12 de abril de 2010

A banhos

A autora deste singelo espaço vai tirar umas merecidas férias durante as quais vai evitar ao máximo mexer em tudo o que esteja remotamente ligado à informática. A não ser em casos de estrita necessidade...
Por isso, durante duas semaninhas que de certeza vão passar mais depressa do que o cometa Halley, não haverá actualizações do blog.
Até ao meu regresso, aproveitem para passear e apanhar sol!

11 de abril de 2010

Quando o céu nos cai em cima da cabeça

Quando menos esperamos, cai-nos o céu em cima da cabeça. Pior: por culpa nossa. Por um acto irreflectido, uma atitude que tomámos sem pensar. Se para mim não tem importância, por que motivo haveria de ter para outra pessoa? Mas tem. Sem querer, acabamos por magoar quem nos é mais querido. Depois não há explicações suficientes que justifiquem o que já está feito. Resta o pedido de desculpas sincero e a promessa de que não volta a acontecer. E a esperança que tudo se resolva e volte ao que era antes.

9 de abril de 2010

Discworld

Descobri esta série de livros há uns anos. Não conhecia Terry Pratchett, o autor, nem o universo, nem a mitologia subjacente. Mas assim que comecei a ler o primeiro livro (The Colour of Magic) nunca mais consegui parar. A primeira dificuldade foi encontrar todos os livros em Portugal – no original, porque nem sequer existiam traduções. E já havia pelo menos uns 15 editados. Entre o Amazon.co.uk e a Fnac, lá consegui comprar o que havia. E li tudo de seguida. Depois, foi a espera pelos novos livros da série. Felizmente, consegui lê-los todos, faltando-me apenas o mais recente (The Unseen Academicals), porque ainda não saiu em livro de bolso. E pelo caminho converti alguns amigos a esta série. :-)


Para quem não conhece, um resumo muito simplificado: tudo se passa num universo paralelo ao nosso – e reflexo do nosso. Só que o mundo não é redondo, é plano; não gira à volta do Sol, mas vagueia pelo espaço assente nas costas de quatro elefantes que, por sua vez, estão sobre a carapaça de uma tartaruga gigante - a Great A'Tuin. A cidade principal é Ankh-Morpork e aí encontramos todas as raças e espécies fantásticas que possamos imaginar: humanos, anões, trolls, dragões, bruxas, feiticeiros, golems… entre muitos outros, criados consoante as necessidades narrativas. (É verdade que se nota a influência de Tolkien, mas que livro passado num universo fantástico não revela essa influência?) As histórias prendem-nos pelo humor e pela sátira a todos os usos e costumes da sociedade moderna. A religião, a política, a polícia, o ensino, a ciência, a economia, a organização social – tudo, mas mesmo tudo, é um reflexo distorcido da realidade do mundo ocidental que conhecemos.

Great A'Tuin

As personagens são qualquer coisa de extraordinário. Embora algumas apareçam apenas em determinado livro, outras há que são recorrentes, dando mesmo origem a mini-séries dentro do Discworld. É o caso das bruxas, por exemplo, ou da polícia. Mas para mim, a melhor personagem, é a Morte. Até agora, aparece em todos os livros, sem excepção. Fisicamente, tem o aspecto habitual: um esqueleto com uma capa negra e uma foice. Fala sempre em letras maiúsculas. Tem um cavalo branco chamado “Binky”. Tem uma filha adoptiva (Ysabell) e uma neta (Susan). A certa altura, tem de fazer o trabalho do Hogfather (correspondente ao Pai Natal). E tem, principalmente, o melhor sentido de humor de todas as personagens.

Death

Por todas estas razões, e outras que não cabem agora aqui, recomendo vivamente que leiam pelo menos um livro desta série. Agora até já há alguns traduzidos em português.

8 de abril de 2010

A olhar para o relógio...

Não há nada mais aborrecido do que ter de estar em qualquer sítio por obrigação, quando não se tem nada de interessante para fazer. As horas demoram a passar, cada minuto tem 120 segundos, pelo menos.
Lê-se o jornal - só as gordas, porque com tanta desgraça que vai por esse Mundo, quem tem paciência para ler as notícias? Ouve-se o rádio, que passa sempre as mesmas músicas todos os dias e desconfio que às mesmas horas (um dia destes tomo nota da hora a que passa cada música para tirar as dúvidas) - malditas playlists e mais quem as inventou! Navega-se na Internet, lêem-se os blogs do costume e descobrem-se outros novos - obrigada, Sapo, pelos destaques diários.
E quando olhamos para o relógio: passaram 30 minutos. Meia-hora. Uma mísera meia-horita! O que fazer nas outras 7 horas que faltam???
OK, vamos até ao café, damos dois dedos de conversa com um colega, e passa outra meia-hora. E ainda faltam 6... Contando com uma para almoço, mesmo assim ainda ficam mais 5.
Bom, o melhor é fazer uns telefonemas que estão em falta. Responder a uns e-mails... Mais 15 minutinhos despachados.
Já só restam 4h45. Correcção: Ainda restam 4h45. Nem a manhã acabou e ainda falta a tarde...

7 de abril de 2010

Adoro

Sol. Mar. Praia. Calor. Chocolate. Doces. Bolas de Berlim com creme. Simpatia. Amigos. Viajar. Passear a pé. Andar de bicicleta. Lisboa. Portugal. Londres. Música. Cinema. Ler. Aprender. Conhecer sítios novos. Teatro. Flores. O meu marido. A minha família. Regressar às origens. Encontrar amigos antigos. Fotografia. Receber e-mails dos amigos. Piadas. Rir. Conversar. Férias. Nadar. Desenhos animados. Astérix. Almoçar na esplanada da praia. Sair à noite. Receber boas notícias. Primavera. Verão.


Esta lista também não acaba aqui...

Odeio

Hipocrisia. Estupidez. Falta de educação. Pessoas que chegam sistematicamente atrasadas. Atropelos à língua portuguesa. Jornais sensacionalistas. Chuva. Frio. Não ter resposta a uma mensagem. Estar longe. Distância. Solidão. Falsos amigos. Ser ignorada. Gente que fala do que não sabe. Pessoas que deitam sentenças. Praias em Agosto. Almoço na cantina do emprego. Não encontrar o que procuro. Trânsito em hora de ponta. Exercício físico. Ginásios. Pessoas que só se lembram de mim quando eu as procuro. Não receber e-mails de amigos. Receber e-mails de trabalho. Preocupações. Stress. Dores de cabeça.


A lista não acaba aqui, mas por agora chega.

6 de abril de 2010

Descobertas

Quando (con)vivemos com alguém durante muitos anos, achamos que não há mais nada para descobrir. Mas há sempre qualquer coisa que não sabíamos. Um segredo que ficou por contar, uma confidência que ficou por revelar… E de repente, sem mais nem menos, sem percebermos porquê, eis que a conversa surge e se divulgam os sentimentos e os pensamentos mais íntimos. Quando menos esperamos, somos apanhados desprevenidos e surpreendidos.


Percebi agora o que ignorei durante anos: afinal, foi amor à primeira vista…

Flower Blog

Na terra das tulipas, claro.
Este inverno foi muito rigoroso e a maioria das flores ainda não despontou. Mesmo assim, as que já desabrocharam, têm este aspecto. Simplesmente magnífico.







Afinal, a primavera já anda aí...

Impressões de Amsterdão

No último fim-de-semana, tive o privilégio de estar numa das cidades mais interessantes da Europa. Amsterdão foi um destino muitas vezes adiado e substituído por outros, como Paris ou Londres. E se continuo a adorar as capitais francesa e inglesa, a verdade é que Amsterdão me conquistou ao fim de poucas horas.
Não só pela beleza da cidade, com os canais a atravessá-la e as centenas de pontes, mas principalmente pelo ambiente descontraído e simpático.
Houve dois aspectos que me fascinaram: as casas mais antigas, quase todas inclinadas para a frente ou para um dos lados - é muito raro encontrar uma totalmente direita! - e as bicicletas. A quantidade, o aspecto, a forma como são tratadas... Nunca me passaria pela cabeça ter uma bicicleta totalmente ferrugenta nem muito menos pendurá-la numa ponte, do lado da água... E no entanto, isso é o mais comum nesta cidade.
Infelizmente, o tempo não ajudou. Mas mesmo com chuva (muita chuva!), valeu a pena.
Fica a vontade de voltar, em breve.


A fotografia está direita, as casas é que não.

Pontes sobre um dos muitos canais.

Exemplo perfeito de uma bicicleta típica.

Sem comentários...

4 de abril de 2010

Páscoa Feliz


Mas não abusem do chocolate!

1 de abril de 2010

Dia das Mentiras

Por curiosidade, procurei a origem do dia das mentiras e encontrei esta explicação, aqui.

“O dia 1 de Abril é o dia do ano em que nos lembramos aquilo que somos nos restantes 364 dias.”
No distante ano de 1564 Charles IX, rei de França, decidiu adoptar o calendário Gregoriano. Até aí, o início do ano era comemorado na semana entre 25 de Março e 1 de Abril, coincidindo com o equinócio de Primavera.
Com a adopção do novo calendário, o ano passou a iniciar-se a 1 de Janeiro, o que constituiu uma verdadeira revolução para aquela época. Muita gente, por ignorância e conservadorismo, recusou-se a acreditar nesta alteração. Os adeptos do novo calendário passaram a chamar aos “descrentes” os “Tolos de Abril”, convidando-os para festas imaginárias a 1 de Abril e pregando-lhes toda a espécie de partidas.
A brincadeira pegou e, gradualmente, acabou por se espalhar pela Europa e pelo mundo, nomeadamente com o auxílio da comunicação social que, habitualmente neste dia não resiste, no meio de outras notícias, a inventar um ou dois disparates, geralmente bem-humorados e que nos fazem rir.
Nós próprios acabamos por colaborar já que temos, muitas vezes, o hábito de também pregar pequenas partidas que vão desde pequenas mentiras a outras malandrices, como colocar sal no açucareiro, trocar objectos do lugar, colar mensagens nas costas das pessoas, inventar histórias e por aí adiante... Obviamente que o objectivo não é enganar ninguém. Pelo contrário, o objectivo destas pequenas e inofensivas partidas é fazer com que todos se riam, nomeadamente as vítimas das partidas.

Provérbio: “No dia 1 de Abril vai o tolo onde não há-de ir”.

“Diz-se que o bom mentiroso não cora, não se engasga e mente tão bem que acredita na falsidade que está a contar.”