Há dois tipos de pessoas (deve haver mais, mas agora só interessam dois) insuportáveis: as que acham que sabem tudo e não admitem a opinião de mais ninguém e as que têm de perguntar 50 vezes a 50 pessoas diferentes o que devem fazer, como, quando e onde. Se as primeiras me irritam profundamente por motivos óbvios, as segundas também não têm um efeito melhor. É que não tenho mesmo pachorra nenhuma para estar constantemente a ser interrompida com perguntas idiotas. Agora preciso de saber o que faço porque tenho um prazo apertado e a secretária está doente, agora não sei como copio o texto de um documento para outro, agora o teclado não faz o ponto, agora o e-mail não abre, agora não sei o que fazer com o programa que uso há mais de 20 anos... Ainda por cima, não se limitam a perguntar directamente, não, isso era demasiado fácil! Têm de fazer comentários, apartes cómicos, conversar, dar opinião – basicamente, fazer os outros perder ainda mais tempo. E tudo sempre com um ar muito inocente e ingénuo, nitidamente à espera que alguém se ofereça para fazer as coisas na sua vez.
Pois pela parte que me toca, hoje estão com azar!
Há 22 horas
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