30 de junho de 2010

Até os franciús sabem

Ouvido ainda há pouco no café:

- S'il y avait Mourinho...

se não percebem, usem este.

Flower Blog VI



Só pode ser gozo

Então no dia seguinte à derrota de Portugal aos pés da Espanha mandam-me um convite para a festa de Verão aqui da barraca e têm a lata de dizer que vai haver especialidades culinárias espanholas?

(Já para não dizer que nem sei a que se referem, porque além da paelha, do presunto, dos churros e da sangria, não estou a ver que outras especialidades aquela gente tem... E ainda assim prefiro um arroz de pato, um queijo da serra ou um travesseiro da Piriquita. E até acho que a sangria tuga é melhor que a deles.)

Assim acabam os dias nas férias



29 de junho de 2010

Para desintoxicar da bola

(Ou para inspirar os mais aguerridos a dar uma coça ao primeiro espanhol que encontrarem. Que eu até sou pacífica e condeno a violência gratuita. Excepto contra espanhóis, porque toda a gente sabe que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Adiante.)

Uma sugestão cinéfila: Tropa de Elite 2, que estreia em Agosto.



mais informações aqui

Carlos La Palice Queiroz

Diz ele: "Foi um jogo difícil".
Digo eu: Se fosse fácil, tinhas ganho.

Futebol para cardíacos

Se o vosso coração é fraco e não aguenta, não vejam o jogo. Refugiem-se no quarto ou escondam-se na casa-de-banho e, sempre que ouvirem um barulho mais estranho, perguntem o que aconteceu. Assim evitam

(e eis que a Espanha marcou um golo)

exaltar-se e excitar-se desnecessariamente. Quando for golo podem festejar ou praguejar na mesma. E no fim, seja qual for o resultado, pelo menos não tiveram nenhuma crise cardíaca. Podem ter um acesso de raiva e vontade de enfiar uma vuvuzela pela goela de cada espanhol que vos aparecer à frente nos tempos mais próximos, mas crise cardíaca não tiveram.

Preferia sofrer de amnésia

Reencontro com amigos de longa data que não via desde o século passado. Grande festa, claro, há tanto tempo, que bom! Mesmo, mesmo muito bom, voltar a falar com pessoas com quem partilhei tanto, como se tivessem passado apenas dois dias desde que nos despedimos a última vez. São estes os verdadeiros amigos, diria, aqueles com quem falamos como se nunca nos tivéssemos separado.
Só que de repente, uma palavra, um gesto, uma expressão facial, qualquer coisa insignificante, faz-me lembrar o motivo pelo qual nunca mais nos tínhamos visto e o ambiente torna-se constrangedor. Ninguém fala disso, mudamos de assunto, mas o certo é que nos zangámos e tivemos atitudes de que nos arrependemos. Era tão importante, naquela altura. E agora, ainda será? Talvez não, mas é impossível não recordar o que senti, o que dissemos, a forma como nos afastámos para nunca mais nos vermos. Fingimos que não se passou nada e tentamos voltar a ser amigos como antes, mas a verdade é que no fundo, bem lá no fundo, eu sei que também vocês se lembram de tudo, bem podem negar! E receio que a qualquer momento…

Simplesmente perfeita

Será o Areias?

Notícias de trânsito no rádio esta manhã:

- Atenção ao camelo na estrada X perto da localidade Y.

Isso mesmo: camelo na estrada. Não ouvi mal. O locutor até repetiu. E eu que pensava estar na Europa, afinal devo estar em Marrocos...

28 de junho de 2010

Afinal, em que ficamos?

Regressar a casa, rever família e amigos, é bom. Muito bom, mesmo. É, não é? Pois é. Excepto quando começa a lengalenga do costume: Então e quando voltas de vez? Aquilo lá não é para ti! Vais ficar mesmo por lá? Mas é tão longe! Gostas de lá estar? E não é muito frio? E as pessoas não são antipáticas? Aqui está-se melhor, faz sol e bom tempo. Vem-te mas é embora que aqui é que se está bem.
A isto seguem-se horas a dizer mal do governo, do país, da economia, do tempo, do desemprego, dos impostos e agora até da selecção nacional de futebol.

Há coisas que nunca mudam

Uma pessoa passa uma semana de férias, sem pensar no trabalho, faz por ignorar as confusões e os problemas, consegue até esquecer as passwords e os códigos que usa todos os dias, quase nem se lembra da cara dos doidos com quem tem de conviver oito horas por dia, cinco dias por semana. Regressa, fresca que nem uma alface e pronta para se agarrar ao trabalho com unhas e dentes (é mentira, mas não importa), e começa logo a levar com os números todos do costume. Em menos de duas horas, os efeitos das férias foram-se. Extraordinário.

Worst. Day. Ever.

Talvez seja um pouco exagerado, mas a verdade é que o primeiro dia de trabalho depois de umas férias é para esquecer. Se eu mandasse, instituía uns dias de pós-férias para permitir ao trabalhador voltar a adaptar-se à ideia de ter de se levantar cedo para ir aturar gente doida durante oito horas.

27 de junho de 2010

Se é para pertencer a uma seita...

A Visão desta semana fala da Seita do Sexo, onde até é preciso fazer testes de HIV para poder entrar. Eu tenho para mim que, seita por seita, ao menos nesta o pessoal sempre se distrai, diverte-se e deve vir lá dos retiros muito mais feliz. Que o diga o repórter que por lá andou durante 4 dias. (No entanto, lendo o artigo percebe-se que, das duas, uma: ou o repórter não contou tudo, ou de sexo aquilo tem muito pouco, é mais a história do amor livre e da liberdade e da desinibição e etc.)
Infelizmente, ontem quando me tocaram à campainha para vender religião, eram as Testemunhas de Jeová. Claro que, não sendo tão divertidos como os outros, não angariaram clientes.

A trabalhar para o melanoma

Não vale a pena. As campanhas de sensibilização, a publicidade, os alertas, os avisos, os anúncios e tudo o resto que surge por altura do Verão não fazem qualquer efeito. Continua a haver muito boa gente, inclusivamente com crianças, que chega à praia depois do meio-dia, não usa protector solar (isso é coisa de meninos!), abusa dos bronzeadores, e deita-se a estorricar ao sol até ficar negra que nem um tição. Mesmo que já tenham um escaldão de fazer inveja à lagosta mais suada, insistem em comportar-se da mesma forma. E há ainda os banhistas-girassol, que vão virando a toalha na areia para acompanhar a posição do sol, de tal forma que a certa altura estão de cabeça para baixo, só para terem a certeza que não perdem nem um raiozinho ultravioleta.

Depois, quando surgem os problemas, ai coitado, o que havia de lhe acontecer, apanhou um cancro de pele (como quem apanha uma gripe, com certeza), nunca teve sorte nenhuma na vida, só desgraças! E agora o que vai ser dele? Agora? Agora, batatas! Tivesse pensado nisso antes!

25 de junho de 2010

Foi com este...


...que o Cristiano Ronaldo aprendeu a marcar golos esquisitos.

23 de junho de 2010

23 de Junho de 2001


Nove anos. Quase uma década. É muito tempo? Não. Parece que foi ontem.
O caminho nem sempre foi fácil, tivemos altos e baixos, muitos obstáculos a ultrapassar, vivemos momentos bons, momentos menos bons e até alguns momentos maus. Houve certezas e dúvidas, tristezas e alegrias, muitas lágrimas, mas muitos mais risos. Fizemos sacrifícios e fomos recompensados por isso. É de tudo isto que é feita uma vida em comum. E valeu a pena.

Porque te amo cada dia um bocadinho mais.

18 de junho de 2010

Vou ali


E já volto!

Pensamento da manhã

Todas as reuniões são inúteis.

17 de junho de 2010

Flower Blog V



Companheiros de viagem

A pouco mais de 24 horas de viajar, lembrei-me de alguns episódios engraçados que me aconteceram em viagem. Uma vez, durante um voo para Lisboa com escala no Porto, fui sentada ao lado de um rapaz de pouco mais de 20 anos. Durante as 2 horas de viagem até ao Porto não lhe ouvi a voz, o que até agradeci porque assim pude concentrar-me no meu livro sem ter de fazer conversa de circunstância. Ao aterrar no Porto, o rapaz perguntou-me se para seguir até Lisboa continuava no mesmo avião ou apanhava outro. Logicamente, respondi-lhe que teria de perguntar às hospedeiras, porque dependia do bilhete. Para mim, a conversa acabava ali. E de repente, sem mais nem menos, o rapaz diz-me:

- Ainda ontem falei com o pai. Hoje está morto.
...

Mais papista que o Papa

Aparece um trabalho urgente. A pessoa mais disponível para o fazer sou eu, desde que possa ser para o fim do dia seguinte. O chefe diz que sim. No dia seguinte, de manhã, o chefe diz que nos pediram o especial favor de tentar fazer o trabalho para antes da hora de almoço, porque é mesmo muito urgente, porque faz muita falta, porque nos ficarão eternamente agradecidos. Não é por ele, são os outros que pedem. OK, vou tentar. Acelero um bocadito e lá consigo despachar a coisa, que afinal nem era tão complicada como parecia. Ligo a dizer que está pronto, porque tinham pedido para avisar. Resposta do outro lado:

- Obrigado, mas podia ser para o fim do dia, não havia problema. O teu chefe é que disse que queria fazê-lo para antes da hora do almoço.

Ó meu grandessíssimo filho duma senhora muito séria, e se fosses para um sítio que eu cá sei e me deixasses em paz?

Perdi-me

Em que mês estamos? Outubro? Novembro?
Hoje está mesmo um lindo dia de Inverno.

16 de junho de 2010

Fenómeno do Mundial

Constato com alguma admiração um fenómeno cíclico que acontece durante as competições futebolísticas internacionais: subitamente, toda a gente é perita em bola. Assim de repente, vindo do nada, salta uma conversa sobre o jogo de Portugal com a Costa do Marfim, com críticas aos jogadores em geral e ao treinador em particular, cambada de meninos de coro que só querem é fama e passear lá por África. Que o Ronaldo não joga nada, que o Queirós isto e aquilo, que só defendem e não atacam, que assim não se marcam golos como é que querem ganhar alguma coisa…

E quem tem estas conversas? Pessoal que acompanha regularmente as competições nacionais e internacionais e vibra com os sucessos ou fracassos da sua equipa? Não. Nitidamente, são pessoas que não percebem nada do assunto, nem sequer sabem quantos jogadores tem cada equipa, falam por ouvir os outros falar e criticam porque está na moda e falar mal dos outros é tão bom e tão fácil. Não é que eu perceba muito mais, mas ao menos não ando por aí a deitar postas de pescada como se fosse o maior entendido no assunto que alguma vez existiu.

O que vale é que isto só dura um mês (diz que provavelmente, para Portugal só dura mais uma semana) e depois temos descanso até ao próximo campeonato.

Já não se fazem moshes como antigamente

Já não ia a um concerto barulhento há uns tempos. Isto da idade e tal, uma pessoa começa a achar que já não lhe apetece andar metida na confusão e em casa é que se está bem ou numa sala de concerto com cadeiras confortáveis e uma acústica decente. Só que não pensei que as coisas tivessem mudado tanto.
Desde quando é que os punks/roqueiros/metálicos ou lá o que eles são (gajos grandes, gordos, guedelhudos, tatuados e cheios de piercings) usam tampões nos ouvidos durante os concertos???

15 de junho de 2010

Mas quem és tu?

Acabei de receber um e-mail de um colega a despedir-se porque é o seu último dia de trabalho aqui. Só que não faço a mais pálida ideia de quem seja a criatura.
Será que está na altura de começar a conviver mais com os colegas?

As coisas que se fazem por amor

Eu, por exemplo, vou ver estes gajos logo à noite. Nunca tinha ouvido falar deles, sequer. Espero sobreviver.

A propósito da bola

Lembrei-me que encontrei o Cristiano Ronaldo no cabeleireiro a fazer madeixas. Já lá vão uns anitos, é verdade. Ainda o moçoilo jogava no Sporting, devia ter uns 17 anitos, mal contados, e uma cara tão borbulhenta que era quase irreconhecível. Também já lá encontrei o Liedson, mais recentemente.
Pensando melhor, acho que vou mudar de cabeleireiro…

14 de junho de 2010

Não me aquenta nem me arrefenta

Nota prévia: post sobre coisas de gaja, o que nem é meu costume, mas pronto, hoje deu-me para aqui e também tenho direito, ou não?

Emagreci. E mesmo antes das férias de Verão. O que seria uma notícia bombástica para a maioria do mulherio que passa metade do ano a olhar para os doces e a dizer ai não posso, ai o meu bikini, ai o vestido de Verão, ai que tenho de perder peso, ai a dieta, ai ai ai… a mim, é-me quase indiferente. (Pronto, a roupa está larga e vou ter de comprar nova, mas é só por aí que isto me afecta.)

É certo que sempre fui magra, na adolescência parecia um esqueleto ambulante, mas mesmo agora não me preocupo por aí além com o peso. Dieta é coisa que nunca fiz e, até há pouco tempo, custava-me a perceber o conceito. Tendo em conta que consumo desalmadamente tudo quanto tenha açúcar, e quanto mais melhor, e ainda assim emagreço... É verdade, juro. Todas as semanas fica uma renda no supermercado só em bolachas, bolos, gelados e chocolates (sobretudo, chocolates). Não resisto, nem vale a pena tentar.

A julgar pelos olhares das minhas amigas, calculo que faça inveja a muito boa gente que, por mais dietas inovadoras que experimente, por mais comprimidos, cápsulas e chás que tome, ou até que deixe de comer de vez, fica sempre na mesma.

Vá meninas, insultem-me que eu aguento.

Mood do dia

13 de junho de 2010

Sabemos que está tudo bem no Mundo

Quando no Telejornal vemos uma reportagem sobre o supermercado onde os cozinheiros da selecção nacional de futebol se abastecem na África do Sul.
Com certeza, já não há guerras, nem crise, nem desemprego, nem...

Santo António

E eu aqui tão longe... 
Lisboa nasceu, pertinho do céu
Toda embalada na fé
Lavou-se no rio, ai ai ai menina
Foi baptizada na Sé !

Já se fez mulher e hoje o que ela quer
É bailar e dar ao pé
Vaidosa varina, ai ai ai menina
Mas que linda que ela é!

12 de junho de 2010

I've got a feeling

Parece-me que os jogos deste campeonato do mundo de futebol vão ser vistos sem som.
Irra, que já não se aguenta o barulho das cornetas! E ainda agora começou.

Eu não queria ir

Mas ainda bem que fui. De facto, não há como umas horas passadas em boa companhia, com bons amigos, para nos fazerem esquecer as tristezas. Pelo menos durante um tempo.
Isso, e quilos de chocolate, claro...

11 de junho de 2010

Desilusão

Dias e dias a pensar no assunto, a tentar não stressar, diz que a força do pensamento positivo é muito importante. Boa disposição é essencial, não desesperes. E de repente basta um telefonema com a notícia mais temida. Sinto o chão a fugir-me de baixo dos pés.
E agora? Volto ao início? Ou simplesmente desisto?

É sempre na melhor altura

Deve ser uma lei universal ou coisa do género, mas sempre que tenho um trabalho urgente para entregar alguma coisa tem de correr mal. Normalmente, por culpa do computador. Ou é o Word que deixa de funcionar, ou é o servidor que está em baixo, ou é a porcaria do programa de gestão do trabalho que decide empancar mesmo no momento em que eu mais preciso…

São horas da minha vida perdidas com estas coisas. Horas. Que não voltam! E o que fazem os “técnicos”? Arranjam uma coisa, mas estragam outra. Em tempo de crise, há que garantir que não perdem o emprego…

Regime de voluntariado

Sou só eu que tenho chefes estranhos? Começo a achar que atraio os incompetentes todos. Agora aqui o maioral decidiu deixar de distribuir trabalho e passou a perguntar quem se oferece para o fazer. Assim que aparece qualquer coisa, lá vem o e-mail da praxe. Ora a distribuição do trabalho faz parte das funções do chefe, que eu saiba. E é como diz o outro, voluntário só à força!

É que se for para eu decidir, pois com certeza, terei muito gosto. Desde que o meu salário passe a ser equivalente ao dele…

10 de junho de 2010

Incríveis, de facto

Com o campeonato do mundo de futebol a começar, é impossível escapar à avalanche de programas sobre o assunto que invadiram a televisão. Ainda esta noite, ao jantar, levei com uma coisa chamada "O Regresso dos Incríveis" (e não eram os da Disney).

Do pouco a que assisti, consegui perceber que o estereótipo do jogador de futebol burro, pintarolas e cromo está para durar. O primeiro que vi foi o Deco que tem, no jardim da sua casa em Londres ou arredores (escapou-me esse pormenor), uma cabine telefónica vermelha, tipicamente inglesa. Diz que já lá estava antes e quando o apresentador lhe perguntou, em tom de brincadeira, se funcionava, ele decidiu pegar no telefone e experimentar. Ok. Deco, filho, se não pagas conta desse telefone fixo é porque não está ligado à rede central, logo, provavelmente, não funciona. É decorativo, percebes? Digo eu, mas se calhar lá pelas Inglaterras a coisa funciona de outra maneira.

O resto foi o que se espera destas coisas: casas gigantescas, decoradas com gosto muito duvidoso, tudo em grande, muitos carros muito caros (o Cristiano herói da Pátria até conseguiu a proeza de chutar uma bola contra um Ferrari!)... Enfim, aquilo que estamos habituados a ver.

E o Nani a tocar piano. Isso, confesso, surpreendeu-me.

Cada vez somos menos

No dia de Portugal aparece esta notícia no DN a dizer que os portugueses estão a desaparecer. Cada vez nascem menos e morrem mais. Diz que a culpa disto também é da crise, pelo menos em parte.
A solução, talvez…

Previsão meteorológica


Pinguins no Verão?!

Poder da mente

Tinha um amigo que costumava dizer, por brincadeira, que tudo era possível com o poder da mente. No Inverno não tinha frio, no Verão não tinha calor e por aí fora – tudo devido ao poder da mente. Passava o tempo a dizer isto, só para irritar o resto do povo que tiritava de frio ou derretia com o calor. Se bem me lembro, a única coisa que ele não conseguia controlar com a mente era o relógio (era daquelas pessoas que nunca chegam a horas a lado nenhum).

Eu também gostava de acreditar que tudo se pode resolver só com o poder da mente ou do pensamento positivo ou da fé ou do que lhe quiserem chamar. Mas desconfio que não é verdade.

9 de junho de 2010

Já vem a caminho



Até que enfim!
Detesto ter de esperar um ano pelo livro de bolso, mas recuso-me a pagar mais de 20 euros por um livro que me pode custar 5.
Vamos lá ver se os correios se portam bem...

Os animais são nossos amigos

Tenho medo de animais. Pronto, já disse. Não é só de cães, é de gatos, pássaros, insectos, rastejantes, roedores… basicamente, tudo o que mexa e não tenha aparência de ser humano. Bem sei que os humanos são muito mais perigosos do que qualquer animal, que estes, em princípio, se não lhes fizermos mal também não nos atacam, que são muito mais fiéis e companheiros do que qualquer humano, etc., etc. Sei disso tudo e até acredito que seja verdade. Também sei que continuo a ter medo e que não há nada a fazer. É perfeitamente irracional, pois é. Na verdade, nunca fui atacada por nenhum animal, mordida, arranhada, bicada (o pior mesmo foi uma ferroada de abelha em criança). Mas isso só ainda não aconteceu porque eu não me aproximo deles, obviamente. Qual é a dúvida? Eu tento, juro que tento controlar o medo. É que o meu primeiro instinto ao ver um bicho qualquer é fugir a sete pés na direcção contrária. Ora isto coloca alguns problemas, quando se anda na rua e nos aparece um cão vadio à frente. Antigamente, atravessava a estrada. Agora já me controlo um bocadinho, passo o mais longe possível, mas consigo cruzar-me com a fera.

(Um pequeno esclarecimento antes que me ponham a sociedade protectora dos animais nos calcanhares: nunca fiz mal a bicho nenhum, excepto uns mosquitos, moscas, melgas e aranhiços, e não gosto, odeio mesmo, ver animais maltratados e abandonados! Continuemos.)

Mas há algumas pequeninas, mínimas excepções. Primeiro houve o Pluto, cãozito rafeiro que os donos abandonaram no Verão perto do prédio onde eu morava e que foi imediatamente adoptado por toda a vizinhança. Depois, houve a Fifi, caniche de uma amiga minha, que me perseguia constantemente até que acabou por conseguir conquistar-me, claro. Mais tarde o Perdigoto, outro rafeiro que conheci mal nasceu e que era das coisinhas mais queridas ao cimo da Terra, era impossível não gostar dele. A certa altura apareceu o Proxy/Rupert, gato doido com dupla personalidade (a sério!), acabadinho de nascer debaixo de um carro à porta da empresa onde trabalhava e que, claro, adoptámos durante uns meses. E agora, já há uns tempos, temos o Júnior, o modelo aqui da foto ao lado. Supostamente, é um cão de guarda. Na verdade, ladra que se farta mas basta fazer-lhe uma festa para se derreter aos nossos pés. Destes perdi o medo. Dos outros…

8 de junho de 2010

Uma ajudinha, please!

Qual é a forma mais diplomática, se é que existe, de dizer a uns amigos que acabámos de reencontrar ao fim de uma data de anos e com quem estamos a combinar um jantar que não tragam os outros de quem só eles é que se lembram mas que não nos dizem nada porque nem do raio do nome nos lembramos (às vezes nem com foto lá vai) portanto não temos interesse nenhum em (re)vê-los?
Esta coisa do politicamente correcto só complica!

Gentinha insuportável

Há dois tipos de pessoas (deve haver mais, mas agora só interessam dois) insuportáveis: as que acham que sabem tudo e não admitem a opinião de mais ninguém e as que têm de perguntar 50 vezes a 50 pessoas diferentes o que devem fazer, como, quando e onde. Se as primeiras me irritam profundamente por motivos óbvios, as segundas também não têm um efeito melhor. É que não tenho mesmo pachorra nenhuma para estar constantemente a ser interrompida com perguntas idiotas. Agora preciso de saber o que faço porque tenho um prazo apertado e a secretária está doente, agora não sei como copio o texto de um documento para outro, agora o teclado não faz o ponto, agora o e-mail não abre, agora não sei o que fazer com o programa que uso há mais de 20 anos... Ainda por cima, não se limitam a perguntar directamente, não, isso era demasiado fácil! Têm de fazer comentários, apartes cómicos, conversar, dar opinião – basicamente, fazer os outros perder ainda mais tempo. E tudo sempre com um ar muito inocente e ingénuo, nitidamente à espera que alguém se ofereça para fazer as coisas na sua vez.

Pois pela parte que me toca, hoje estão com azar!

Se não puder ajudar, atrapalhe

Este parece ser o mote aqui do circo onde trabalho. Então não é que na época de maior aperto de todo o ano o palhaço-mor ainda se lembra de nos convocar, perdão, convidar para reuniões inúteis?
É como dizia o outro: deixem-me trabalhar!

Quando o tecto nos caiu em cima da cabeça

Hoje lembrei-me de mais uma história do antigamente, dos tempos em que tudo corria mal, mas nos divertíamos à brava. Pelo mesmo motivo que nos rimos quando alguém cai, naquele tempo achávamos piada à nossa desgraça e a tudo o que nos acontecia. Das duas, uma: ou éramos uma cambada de inconscientes (provável) ou era um mecanismo de defesa para não darmos em doidos (mais provável). Seja como for…

Certo dia, começámos a ouvir uns ruídos estranhos por cima das nossas cabeças. Olhando para cima, só se via o tecto falso, mas nitidamente andava por ali algum animal. De repente, o barulho aumentou e percebemos que se tratava de felinos de rua assanhados, furiosos, que entraram por engano pela janela minúscula ao nível do passeio (trabalhávamos na cave que deveria servir de garagem a um prédio em Lisboa, cujo senhorio, típico xico-esperto tuga, decidira alugar para ganhar mais uns trocos). Os gatos corriam, lutavam, berravam, dando a volta à sala por dentro do tecto falso. Conforme se deslocavam, nós íamo-nos encolhendo e desviando, por via das dúvidas.

Até que o inevitável acabou por acontecer: uma da placas do tecto partiu-se, os gatos caíram embrulhados e em pânico em cima de uma secretária, falhando por pouco o ocupante da dita, e dispararam que nem setas na direcção da porta. Só tivemos tempo de nos afastar para os deixar passar e nunca mais os vimos.

7 de junho de 2010

A minha terra

Em criança, Lembro-me de os meus amigos irem “à terra” nas férias de Verão e de ficar triste por não ter terra para onde ir. E a terra deles parecia um sítio mágico, algures noutro mundo, numa outra dimensão, assim uma coisa saída de um filme da Disney, com fadas, duendes, gente boa, para onde se ia no fim de Junho e de onde só se regressava em Setembro. Mas eu, nascida em Lisboa, assim como os meus pais, era uma sem-terra. Não é bem verdade, porque Monsanto, na Beira Baixa, sempre foi um bocadinho a minha terra - ia para lá desde muito pequena, tínhamos lá amigos que eram (ainda são) mais família do que alguns familiares. Mas terra, terra mesmo, oficial, onde os pais nasceram e onde ainda viviam os avós, os tios e os primos, isso não tinha.

Tudo isso mudou quando, quase aos 30 anos, emigrei. De repente, sem dar por isso, passei a ter uma terra onde regressar nas férias. Fica ali a pouco mais de 2 horas de avião, num cantinho junto ao mar, com um clima estupendo de fazer inveja a muitos países. Não tem fadas nem duendes, mas tem família, amigos e gente muito boa.

Mais duas semanas e vou à terra.

Eu vi...

...um tipo a andar a grande velocidade numa bicicleta cor-de-rosa dentro do supermercado.

Informáticos, e dos bons!

Há uns tempos, fomos informados aqui no serviço que tinha sido criada uma assinatura electrónica uniforme a utilizar nos e-mails. A ordem, disfarçada de pedido, era de a utilizarmos em todos os e-mails a partir de determinada data. A acompanhar a informação, vinham as instruções sobre com activar a boa da assinatura de modo a que fosse automaticamente incluída em todas as mensagens. Menina bem-mandada, tratei logo de fazer a coisa, antes que o e-mail ficasse irremediavelmente perdido no meio de todos os outros, e descansei. Nunca mais me lembrei do caso, até que, um dia, percebi que os meus e-mails seguiam sem a assinatura. Intrigada com o assunto, decidi ligar ao helpdesk – coisa que só faço depois de tentar por todos os meus meios resolver a questão (não sendo um génio dos computadores, ainda assim desenrasco-me e não tenho medo do bicho). Adiante. Liguei e atendeu-me um técnico que, aparentemente, resolveu a coisa através do acesso à distância, depois de andar às voltas nas várias opções. Encantada da vida, mais uma vez, descansei.
Ora qual não é o meu espanto quando, no dia seguinte, a assinatura voltou a desaparecer. Novo telefonema para o helpdesk, nova voz do outro lado, novo acesso remoto, nova viagem pelas várias opções do programa de e-mail. Até que o técnico, especialista, possivelmente tão engenheiro como o Sócrates, me diz:

- Viu o que alterei aqui nesta opção?
- Vi.
- Terá de fazer isto todos os dias. Também acontece comigo.

Percebi que não valia a pena insistir. É que, aparentemente, desta vez não bastava sair e voltar a entrar…

6 de junho de 2010

Flower Blog IV




Nota-se muito que adoro flores?

5 de junho de 2010

Hoje, finalmente



 A falta que faz uma praia...

4 de junho de 2010

Já vejo uma luz ao fundo do túnel

Finalmente é fim-de-semana!

Outra que precisa de um chazinho

Aqui no serviço, é habitual festejar o dia de Portugal com um cocktail oferecido pelo chefe máximo cá da casa. Mais ou menos duas semanas antes, recebemos o convite para a festarola, a que nos pedem que respondamos, embora sem indicar a data limite. Sendo uma característica tipicamente tuga esperar pela última hora para fazer seja o que for, normalmente uma das secretárias contacta-nos a perguntar se afinal vamos ou não. Até aqui, tudo normal. Só que este ano, a rapariga deve ter dormido mal, tinha as hormonas desreguladas, acordou com os pés de fora, ou o marido não lhe deu o que ela queria, sabe-se lá, e enviou-nos este simpático e, sobretudo, delicado texto por e-mail:
Caros Colegas,
Dadas as estatísticas das respostas ao convite para o "cocktail" do dia 10 de junho, suponho que não é suficientemente claro que espero resposta...
Assim para completar:
"r.s.f.f. até ao dia 4 de junho 2010".
Obrigada.
C.
Não dá vontade de a mandar logo para o outro lado? Escusado será dizer que ainda não respondi e que só o vou fazer 5 minutos antes de sair.

Friends forever

Encontrei o meu melhor amigo dos tempos da universidade. É daquelas pessoas com quem falava de tudo, que tinha sempre um ombro disponível, ou às vezes até os dois, e com quem nunca tive uma discussão, que me lembre. Era um pinga-amor, coitado. Sofria amargamente por uma namorada que o deixara, mas depois não o queria deixar, mas afinal já queria outra vez… enfim, coisas de putos aos 20 anos. O certo é que acabava por se apoiar em mim e na nossa amizade. De tal forma que, a certa altura, a namorada começou a ter ciúmes. Foi cómico, até, tendo em conta que nunca houve, nem poderia haver, nada mais entre nós a não ser uma grande amizade. Nem tal coisa nos passava pela cabeça, aliás!
Não nos vemos há mais de 15 anos, cada um seguiu a sua vida e nunca mais soubemos um do outro. Mas ontem, quando nos encontrámos, foi como se nunca nos tivéssemos afastado. É de facto uma pessoa muito especial e ainda bem que voltou a entrar na minha vida. Sinto-me mais feliz por saber que está ali, para o que for preciso, mesmo estando fisicamente longe.

3 de junho de 2010

Imaginação não nos falta

Qual bandeira, qual cachecol, qual corneta rebaptizada de vuvuzela, qual quê! O que está a dar para apoiar a selecção é o garrafão lusitano. Não me admirava nada de começar a ver o povo com uma coisa destas enfiada na cabeça...


Acho especialmente delicioso o pormenor do galo.

Um verdadeiro cavaleiro andante

Estava marcada uma reunião para esta manhã, às 10h. Uma colega minha está em regime de teletrabalho, portanto desloca-se de casa aqui ao serviço sempre que há este tipo de coisas. Pois bem, a moçoila telefona entretanto a dizer que teve um problema com o carro e, portanto, vai chegar mais tarde. Até aqui, tudo bem, coitada, é chato, esperamos que não seja nada complicado e que se despache depressa, etc. e tal. Mas qual não é o espanto quando o chefe nos informa que a reunião fica adiada até ele voltar porque vai socorrer a donzela em apuros.
Querem ver que o homem é mecânico e ninguém sabia?

2 de junho de 2010

É mau demais

Estava sem nada para fazer e decidi distrair-me com os quizzes do Facebook. Não devia, está visto. Transcrevo na íntegra a pérola que encontrei. Além do conteúdo (mas nestas coisas ninguém espera um estudo científico, portanto tudo bem), o que mais me impressionou foi o talento do autor para a escrita. Sim, porque só pode ser talento. Desafio-vos a encontrarem uma frase correcta de princípio ao fim...
qual a palavra para te caracterizar?
podes ser muita coisa,mas soa uma que te caracteriza
1. se encntrasses um cao perdido na rua,o que fazias?
  • levava-o a um canil ou um sitio do genero onde os donos o pudessem encontrar rapidamente
  • de certeza que os donos oencontraam rapidamente,eu so ndo em ruas pequenas
  • dava-lhe um pontape e escarravalhe em cima!
  • levaa o cao para casa e ficava cm ele,claro que os meus pais nao podiam saber!
  • pegava nele e depois metiao dentro de um jardim de alguem que tambem tivesse cao
  • nao podia fazer nada,porque quando ando na rua e porque tenho que ir algum sitio,e nao posso chegar tarde
  • levavao ara casa ,davalhe de comer, abrigo,e depois procurava o seu dono
  • ficava lá a espera que alguem fosse buscalo
2. se algum colega te pedisse as canetas de filtro que os teus pais te compraram ontem,tu emprestavas?
  • claro que sim!tambem gostava que me emprestassem se eu precisasse!
  • claro!eu sei que esse colega nao me iria estragar as canetas
  • claro e ainda lhe dava o corrector se essa pessoa precisasse!
  • por mim podia ficar com elas!
  • nao!ele que va enfiar enfiar canetas no cu!!
  • atiravalhe a caneta a cabeca
  • canetas?!nem me lembro onde as pus...
  • claro que nao!!essas bestas ainda me estragavam as canetas!
3. o que farias para mudar este mundo?
  • ajudava as pessoas com problemas(pobreza,doença,etc....)
  • nao tenho medo deste mundo,o que tiver que vir,que venha
  • tudo o que fosse preciso
  • mmmmm....mudar o mundo?porque?
  • peace & love ^_^
  • fazia ganda fogueira e queimava todos os plasticos
  • acabava com os que estao a mais!
  • nada,desde que eu esteja bem...
4. a/o tua/o namorada/o chegasse tarde a um encontro ,o que fazias?
  • nem esperava por ela/e,ia-me logo embora!
  • acabava com ela/e,nem queria desculpas
  • nada,é na boa ; )
  • comprimenta-va??????????
  • namorada/o?! isso nao e comigo!
  • ficava preocupado/a,e preguntavalhe porque e que se tinha atrasado
  • acho que seria eu a fazer esse papel
  • ah!ja nem me lembrava!
5. cual destas cores gostas mais?
  • branco
  • verde
  • laranja
  • amarelo
  • bege
  • roxo
  • dourado
  • vermelho

Passo os dias a ler e a escrever

É verdade, leio e escrevo de manhã à noite. À primeira vista, este seria um emprego de sonho, pelo menos para quem, como eu, gosta de ler e de escrever. Seria, mas não é.

Para que uma qualquer actividade seja agradável e nos dê prazer, existe uma condição essencial: que seja interessante. Ter um mínimo de interesse, vá, não é preciso ser o mais recente filme do Spielberg que nos deixa agarrados ao ecrã do cinema durante horas, mas pelo menos que nos consiga cativar a atenção. O problema aqui é precisamente esse. Pois é, eu leio e escrevo o dia todo sobre os assuntos menos interessantes que se possam imaginar. Não é literatura, não são notícias de jornal, não são sequer folhetos publicitários do supermercado. São textos técnicos, relatórios, economia, auditorias e o diabo a quatro. Cada texto é único, dizem-me. Trata de um assunto específico, diferente dos outros. Sim, é verdade, um fala de vacas, o outro de azeite, aquele é sobre estações de tratamento de águas residuais e este sobre auto-estradas. E então? Espremendo, o sumo é o mesmo: contas e mais contas, números, percentagens, legislação, isto foi bem feito, aquilo não cumpriu as regras, aqueloutro tem de ser alterado. Sempre a mesma lengalenga, o mesmo tipo de linguagem, em alguns casos até as mesmas frases. Juro. Criatividade, zero. Originalidade, menos um.

Passo os dias a ler e a escrever, pois passo, mas…

Num recanto da cidade

Ainda se consegue encontrar uma réstia da natureza.

1 de junho de 2010

Um bocadinho exagerado, não?

 
Recebemos aqui no serviço a seguinte informação por e-mail:

Instalação de um abrigo para fumadores no edifício X
Encontra-se actualmente disponível um abrigo para fumadores entre os edifícios X e Y. Os restantes locais dos edifícios, incluindo os exteriores e as esplanadas das cafetarias, passam a ser estritamente não fumadores. A fim de preservar a imagem da instituição, pede-se ao pessoal que não fume nos passeios à entrada dos edifícios.”

Vamos lá ver uma coisa: eu até não fumo, mas não sou fundamentalista e reconheço aos outros o direito de o fazerem, desde que não me incomodem e respeitem as regras básicas da vida em sociedade (basicamente, desde que não me atirem o fumo para cima, por mim está tudo bem, cada um que se mate como quiser). Que criem um “abrigo para fumadores”, até acho muito bem. Tendo em conta que este país é frio e que chove quase continuamente, penso que eles até agradecem. Que não permitam que se fume no interior dos edifícios, OK, percebo, convenhamos que o cheiro a tabaco frio não é dos mais agradáveis. Agora que proíbam que se fume no exterior? Nas esplanadas ao ar livre? À entrada dos edifícios por causa da “imagem da instituição"? O que se segue? Vão-nos arranjar fardas para ter a certeza que andamos todos vestidinhos a preceito? É que se o problema é a imagem, há por aí muito boa gente que não fuma mas tem cá um mau aspecto…

Criança, sempre

Em criança, o que eu mais queria era uma bicicleta. Mas os meus pais, porque vivíamos na cidade, tinham medo que eu fosse atropelada por algum camião desgovernado, e portanto nunca me compraram uma. De vez em quando, os outros miúdos lá da rua deixavam-me andar nas deles, mas já se sabe que era sempre por grande favor, porque os putos são, de facto, muito mauzinhos uns para os outros. De modos que, em pequenina, andava a pé e era se queria. Mais tarde, os meus pais até um carro me ofereceram, mas a bela da bicla - nada! E que é que eu fiz? Com o primeiro ordenado que ganhei quando comecei a trabalhar, fui a correr comprar uma. Vermelhusca, linda. Usei-a umas quantas vezes, depois enfiei-a na arrecadação onde está até hoje. Mas tenho uma bicicleta. Se isto não é ser criança…