Ao longo da muralha que habitamos Há palavras de vida há palavras de morte Há palavras imensas,que esperam por nós E outras frágeis,que deixaram de esperar Há palavras acesas como barcos E há palavras homens,palavras que guardam O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente, As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos Palavras que nos sobem ilegíveis À boca Palavras diamantes palavras nunca escritas Palavras impossíveis de escrever Por não termos connosco cordas de violinos Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar E os braços dos amantes escrevem muito alto Muito além da azul onde oxidados morrem Palavras maternais só sombra só soluço Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
4 comentários:
É mesmo isso. Isso e pelo menos 8 horinhas de sono profundo e alienante, se faz favor. Venham elas!
Ventania, espero que tenhas tido as tuas 8 horinhas de sono repousante. :)
Beijinhos
...if you are lucky...
LOL
:)
Ulisses, pois, tens razão! :D
Enviar um comentário