8 de novembro de 2010

Onde estás que não te vejo?

Este post do Rafeiro mais bem-cheiroso da blogosfera nacional (se não mundial), a propósito da problemática de dar indicações idiotas às pessoas, lembrou-me de quando eu trabalhava num sítio onde tínhamos um intercomunicador com visor para responder a quem tocava à campainha. Trabalhávamos num open space no último andar e na entrada não havia espaço para ter uma recepção, sendo que nos andares intermédios estavam outras empresas, pelo que convinha ter atenção a quem se deixava entrar nas instalações. Acontece que o aparelhómetro (e respectiva câmara, claro) ficava ligeiramente à direita da porta de entrada e, depois de tocar à campainha, as pessoas naturalmente chegavam-se à porta, não aparecendo no ecrã.

Ora a primeira secretária/recepcionista que tivemos não primava pela inteligência era um bocadinho limitada (a segunda também, mas isso não vem agora ao caso). De maneira que, de cada vez que alguém tocava à campainha, ouvíamos a rapariga literalmente aos gritos, com uma voz irritante e esganiçada:

“Chegue-se um bocadinho mais para trás, mais para tráááás. Mais para a esquerda, para a esqueeeeerda. Não, agora foi demais. Mais para a direeeeeeita!”

Até que um dia um colega, farto de a ouvir guinchar, responde do fundo da sala:

“Mais para ciiiima, que o gajo é anão!”

4 comentários:

Turista disse...

:))))

Tulipa Negra disse...

Manuela, seguiu-se uma gargalhada geral!
Beijinhos

Vício disse...

vê-se logo que não sabem fazer as coisas como deve ser!
bastava junto da campainha deixar um aviso a dizer "OLHE PARA O CHÃO" e no chão marcar um circulo a dizer (dentro dele) "MANTENHA-SE NESTA AREA DEPOIS DE TOCAR A CAMPAINHA"

como vês... é facil!

Tulipa Negra disse...

Vício, eu devia ter explicado mais uma coisa: não era só a secretária que era limitada, a direcção era ainda pior! :)