2 de novembro de 2010

Leituras

My favorite bit of Outside is the window. It's differente every time. A bird goes right by zoom, I don't know what it was. The shadows are all long again now, mine waves right across our room on the green wall. I watch God's face falling slow slow, even orangier and the clouds are all colors, then after there's streaks and dark coming up so bit-at-a-time I don't see it till it's done.

Há muito que um livro não me prendia como este, a ponto de, por várias vezes, ter de me obrigar a largá-lo por já passar das 2h da manhã.

Mais do que a história, é a forma como é contada. Jack é um menino que acaba de fazer 5 anos. Vive com a mãe num quarto pequeno, com uma clarabóia e uma porta trancada. Para ele, o Mundo é isto. Embora tenha uma televisão, sabe que tudo o que aí vê é fantasia, as únicas coisas reais são o que existe dentro do quarto. Jack descreve o que vê e o que sente com a inocência e incompreensão próprias de uma criança curiosa e inteligente. E é pela sua voz que vamos percebendo a história, os acontecimentos terríveis que o colocaram a ele e à mãe naquela situação, e toda a coragem necessária para sair dela.

Jack faz-nos olhar para o que nos rodeia de uma forma nova. O Mundo, visto pelos olhos de uma criança que viveu sempre fora dele, é um lugar simultaneamente maravilhoso e assustador.

Segundo o site oficial, a tradução portuguesa está em preparação. A não perder!

4 comentários:

Patife disse...

Sim oh sim. Um mimo literário.

Rafeiro Perfumado disse...

Quando alguém diz que um livro a agarra, imagino sempre braços a sairem das folhas...

Vício disse...

eu também costumo ficar muito preso ao quarto...

Tulipa Negra disse...

Patife, é mesmo. Até fiquei com curiosidade para ler outras coisas da autora.


Rafeiro, por esse ponto de vista, este livro é um polvo! Será que também adivinha o futuro, como o outro? :P


Vício, imagino que sim. Mas aposto que o teu quarto não é tão interessante como este...