Esta notícia do DN deixa-me sem palavras – se calhar, porque não comprei o dito dicionário. Sinceramente, não entendo a polémica. Os "vulgarismos" não existem na língua? Existem. Só por isso, justificam a entrada no dicionário. Que se queira poupar as crianças em tenra idade ao contacto com essas palavras, eu até entendo. Mas isso faz-se em casa, em família, não se faz num dicionário, que deve ser o repositório de todos os vocábulos da língua*. Aliás: quem “descobriu” este facto? Seja quem for, só encontrou os palavrões porque foi à procura deles. Eu sempre tive dicionários, até preciso deles para trabalhar todos os dias, e nunca lá fui procurar essas palavras. De resto, aposto o que quiserem que qualquer puto de 6 anos conhece tudo quanto são palavrões, mesmo que não os use por uma questão de educação – mas essa, lá está, começa em casa. E mais: com esta polémica toda, estou mesmo a ver as crianças, mesmo as mais inocentes, a pegarem no dicionário às escondidas e a procurarem as palavras proibidas. Sempre tem a vantagem de as ensinar a utilizar o bicho, porque conheço muito boa gente bem mais crescida que não o sabe fazer…
*Isto, claro, se não tivermos em conta o tal da Academia de Ciências que até o robalo ignora…
4 comentários:
Só três palavras...
Pobresa de espírito...
:)
Ulisses, infelizmente é o que mais há por aí.
Não podia concordar mais! :)
Malena, acho que qualquer pessoa de bom senso concorda. :D
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