22 de setembro de 2010

Expliquem-me como se eu tivesse 6 anos

Esta notícia do DN deixa-me sem palavras – se calhar, porque não comprei o dito dicionário. Sinceramente, não entendo a polémica. Os "vulgarismos" não existem na língua? Existem. Só por isso, justificam a entrada no dicionário. Que se queira poupar as crianças em tenra idade ao contacto com essas palavras, eu até entendo. Mas isso faz-se em casa, em família, não se faz num dicionário, que deve ser o repositório de todos os vocábulos da língua*. Aliás: quem “descobriu” este facto? Seja quem for, só encontrou os palavrões porque foi à procura deles. Eu sempre tive dicionários, até preciso deles para trabalhar todos os dias, e nunca lá fui procurar essas palavras. De resto, aposto o que quiserem que qualquer puto de 6 anos conhece tudo quanto são palavrões, mesmo que não os use por uma questão de educação – mas essa, lá está, começa em casa. E mais: com esta polémica toda, estou mesmo a ver as crianças, mesmo as mais inocentes, a pegarem no dicionário às escondidas e a procurarem as palavras proibidas. Sempre tem a vantagem de as ensinar a utilizar o bicho, porque conheço muito boa gente bem mais crescida que não o sabe fazer…

*Isto, claro, se não tivermos em conta o tal da Academia de Ciências que até o robalo ignora…

4 comentários:

Anónimo disse...

Só três palavras...

Pobresa de espírito...

:)

Tulipa Negra disse...

Ulisses, infelizmente é o que mais há por aí.

Malena disse...

Não podia concordar mais! :)

Tulipa Negra disse...

Malena, acho que qualquer pessoa de bom senso concorda. :D