Ferpeito: Já está!

8 de setembro de 2010

Já está!

Tudo tratado, agora é só ir...

8 comentários:

Anónimo disse...: Belo exemplo do dito e feito, agora é só ir; 08/09/10, 18:17
Tulipa Negra disse...: Lou, o mais difícil é decidir, depois é fácil! :); 08/09/10, 18:41
The Real Special One disse...: Eu também queria ir para comprar quadros, e para ver o London Eye, para ir às compras, para ir almoçar ao Thank God it's Friday em Picadilly, para comer scones e....nunca mais saía daqui....

Enjoy London and have fun; 08/09/10, 20:00
Tulipa Negra disse...: Real Special One, estou a pensar fazer tudo isso e muito mais!
Beijinhos; 08/09/10, 20:05
Turista disse...: Querida Tulipa, foi dito e feito! Assim é que é!
Os meus meninos, estiveram esta tarde no Museu de História Natural :)
Beijinhos; 08/09/10, 21:49
Tulipa Negra disse...: Manuela, foi mesmo! Também já visitei o Museu de História Natural em Londres, mas uma tarde não me chegou, foi o dia todo... :)
Beijinhos; 08/09/10, 22:10
Kawamura disse...: Ai jasusa, vens mesmo! Então e combinamos onde mesmo?... E for the record: estou a sério :) Bjs!; 08/09/10, 23:49
Tulipa Negra disse...: Kawamura, vou pois! Já tenho bilhete e hotel e tudo! :)
Beijinhos; 09/09/10, 00:07

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Poema ao acaso

Eu que sou feio, sólido, leal

Cesário Verde

Eu que sou feio, sólido, leal,A ti, que és bela, frágil, assustada,Quero estimar-te, sempre, recatadaNuma existência honesta, de cristal.Sentado à mesa de um café devasso,Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,Nesta babel tão velha e corruptora,Tive tenções de oferecer-te o braço.E, quando socorreste um miserável,Eu, que bebia cálices de absinto,Mandei ir a garrafa, porque sintoQue me tornas prestante, bom, sudável.«Ela aí vem!» disse eu para os demais;E pus me a olhar, vexado e suspirando,O teu corpo que pulsa, alegre e brando,Na frescura dos linhos matinais.Via-te pela porta envidraçada;E invejava, - talvez que não o suspeites! -Esse vestido simples, sem enfeites,Nessa cintura tenra, imaculada....Soberbo dia! Impunha-me respeitoA limpidez do teu semblante grego;E uma família, um ninho de sossego,Desejava beijar o teu peito.Com elegância e sem ostentação,Atravessavas branca, esbelta e fina,Uma chusma de padres de batina,E de altos funcionários da nação.«Mas se a atropela o povo turbulento!Se fosse, por acaso, ali pisada!»De repente, paraste embaraçadaAo pé de um numeroso ajuntamento,E eu, que urdia estes frágeis esbocetos,Julguei ver, com a vista de poeta,Um pombinha tímida e quietaNum bando ameaçador de corvos pretos.E foi, então que eu, homem varonil,Quis dedicar-te a minha pobre vida,A ti, que és ténue, dócil, recolhida,Eu, que sou hábil, prático, viril.

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