Depois de encher o quadro branco com explicações de gramática, alguém repara que há um papel cor de laranja colado num canto onde se lê qualquer coisa como "este quadro é electrónico, não escrever". Tarde demais. Apagou-se o que se escreveu e rezou-se aos santinhos todos para que, apesar de tudo, o raio do quadro não esteja estragado. Porque, das sete pessoas presentes, ninguém sabe como utilizá-lo. A única que deveria saber diz que esteve doente no dia em que explicaram como trabalhar com aquilo. Calhou bem, portanto. Daí que se passe a utilizar o quadro do lado, minúsculo, mas onde se pode escrever normalmente com aquelas canetas cuja tinta depois se apaga facilmente.
A fase seguinte é utilizar a televisão e o leitor de DVD, sempre uma aventura. Em cada sala são diferentes, cada um com seu comando próprio. Primeiro passo: encontrar o botão para ligar cada um dos aparelhos. Segundo passo: descortinar qual o telecomando respectivo. Terceiro passo: enfiar o DVD dentro do leitor e rezar para que a imagem surja no ecrã. Inevitavelmente, o volume do som está no máximo. Seis das sete pessoas presentes ficam momentaneamente surdas. A outra está habituada e nem nota que o som está naquele volume. Encontra-se finalmente o botão do volume. Como por milagre, encontra-se também o do menu do DVD. Consegue pôr-se o vídeo a correr, fazer pausa, recomeçar, parar, voltar ao menu e avançar para outro vídeo. Nenhum dos participantes duvida que se trata de intervenção divina.
Também há um computador na sala. Ainda ninguém percebeu se funciona. Adivinham-se novos desenvolvimentos nos próximos dias.
Se eu podia dar uma ajudinha, uma vez que até estou mais ou menos à vontade com estas coisas da tecnologia? Podia. Mas depois não tinha assunto para escrever aqui.
8 comentários:
Ahahahahah! Aconteceu o mesmo na minha escola!!! :P
Malena, se isto agora é norma, acho que deve acontecer em muitas escolas! :)
velhos tempos em que os quadros eram pretos para escrever a giz e video... nem se ouvia falar de VHS, quanto mais de DVD!
esqueci-me de perguntar... conseguiste manter-te sem te rires?
Vício, e as saudades do barulho do giz no quadro? Ui! Em resposta à tua pergunta, não. :D
Parece que o problema é geral ;) pelo menos por aí ainda tentam...
principalmente quando o giz chiava e fazia levantar os pelos todos... :D
sem falar quando se soprava o apagador na direcção de alguém e parecia um extintor de pó...
Tulia, tentam porque não têm outro remédio... :)
Vício, esse apagador era das coisas mais nojentas que existiam!
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