Amar muito, abraçar muito, beijar muto, elogiar muito: tudo contrapruducente na hodierna sociedade, e por isso, tudo tao verdadeiro e necessario para uma vida maior e mais feliz.
Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotação universal, senãorodar também, e amar?amar o que o mar traz à praia,o que êle sepulta, e o que, na brisa marinha,é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia ?Amar solenemente as palmas do deserto,o que é entrega ou adoração expectante,e amar o inóspito, o cru,um vaso sem flor, um chão vazio,e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,doação ilimitada a uma completa ingratidão,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossaamar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
6 comentários:
Querida Tulipa, um óptimo programa ;)
Beijinhos.
Manuela, não é? A melhor maneira de passar um domingo! :)
Beijinhos
Amar muito, abraçar muito, beijar muto, elogiar muito: tudo contrapruducente na hodierna sociedade, e por isso, tudo tao verdadeiro e necessario para uma vida maior e mais feliz.
:)
Daniel Silva, tudo isso é essencial para conseguirmos enfrentar a vida moderna! :)
Beijinhos
Espero que tenhas ficado dorida de tanto beijar! :))
Malena, estou esgotada! :D
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