A paciência não é uma das minhas virtudes. Nunca foi e com a idade tem ficado pior. Nunca gostei de esperar por ninguém nem de ter de me explicar duas, três, quatro vezes até que a outra pessoa perceba. Por isso mesmo, nunca coloquei sequer a hipótese de ser professora “quando fosse grande”. Só a ideia de aturar um bando de adolescentes com as hormonas aos saltos e a capacidade de concentração de um peixe deixa-me logo os nervos em franja.
Mas há uns dias piores do que outros. Dias em que não tenho paciência para nada nem para ninguém. Não quero que me falem, que me dirijam palavra, não quero sequer ouvir as pessoas a falarem entre si. Quero que me deixem sozinha. Não me venham interromper os pensamentos, os devaneios e as telenovelas que se desenrolam só na minha cabeça. Não me convidem para tomar um café, para almoçar ou para passear. Deixem-me. Não vos quero ver. E já nem vos posso ouvir!
Há dias assim, um bocadinho deprimentes. Sem motivo. Sem razão nenhuma. Apenas porque acordei assim. Apenas porque está de chuva, ou o sol não brilha, ou… Apenas porque sim.
Amanhã será outro dia.
Há 1 hora
2 comentários:
Como diria o outro, é um situação perfeitamente normal...
Pois é, mas nem por isso é mais agradável.
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