Ferpeito: Hoje

28 de janeiro de 2011

Hoje

Felizmente, é sexta-feira.

14 comentários:

Inês disse...: Isso não se aplica a mim....; 28/01/11, 12:26
Vício disse...: depois do teu comentário e desta imagem... será que se pode dizer que és uma flor murcha? :D; 28/01/11, 12:36
Anónimo disse...: ...olha!...

...a ti também?

:); 28/01/11, 12:48
Lou Alma disse...: Fizeste desenhos da minha figura hoje, foi?; 28/01/11, 13:41
Tulipa Negra disse...: Inês, não tens sono ou aí não é sexta-feira? :P

Vício, murchinha, murchinha... :)

Ulisses e Lou Alma, fundamos um clube? :D; 28/01/11, 14:00
Inês disse...: Tulipa: trabalho em hotelaria.De vez em quando as 6feiras sabem a 6feiras...; 28/01/11, 14:01
Tulipa Negra disse...: Inês, mas então também deve haver algumas quartas-feiras que sabem a sexta... E isso é bom! :); 28/01/11, 15:01
Ti Coelha disse...: Essa pareço eu quase todos os dias...

Bom fim-de-semana! :); 28/01/11, 16:40
Malena disse...: Sou tal e qual... :)
Have a hell of a weekend! ;); 28/01/11, 18:09
Roque disse...: Não te chateia pensar que daqui a dois dias já é segunda-feira outra vez???; 28/01/11, 18:15
Turista disse...: Querida Tulipa, muito descanso, beijinhos e bom fim de semana :); 28/01/11, 19:51
Tulipa Negra disse...: Ti Coelha, eu só tenho dias destes de vez em quando, felizmente. :)

Malena, igualmente para ti!

Roque, estava a evitar pensar nisso, mas obrigada por me lembrares... :)

Manuela, obrigada! Espero bem que o fim-de-semana não seja agitado... :)
Beijinhos; 28/01/11, 22:39
Eli disse...: Onde é que eu já vi isto?!

:S

Olá!

:); 29/01/11, 22:18
Tulipa Negra disse...: Eli, bem-vinda! Acho que isto é um mal geral... :)
Beijinhos; 29/01/11, 23:42

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Poema ao acaso

A arte de ser feliz

Cecília Meireles

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que
pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um
galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar,
cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.

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