30 de março de 2010

(Re)encontros

Graças a estas modernices da Internet, em especial às redes sociais tão em voga, recentemente encontrei uma série de pessoas de quem não tinha notícias vai para 15 anos. Então, como estás? O que fazes? Casaste? Tens filhos? Ena, as voltas que a vida dá… Há quanto tempo, que bom encontrar-te! Que saudades…
Mas, passada a euforia inicial do reencontro – éramos tão amigos nos tempos de estudantes! – constato que afinal a vida nem sequer deu muitas voltas, limitámo-nos a seguir o percurso normal de qualquer adulto. Terminam-se os estudos, encontra-se um emprego (nem sequer tem de ser estável, nos dias que correm), encontra-se um sítio para morar… e segue-se a vidinha corriqueira, como toda a gente.
Constato também que as pessoas não mudaram como pensava. A ideia que tinha delas é que nem sempre correspondia à realidade. Ao fim de um tempo, esquecemos as pequenas coisas que nos irritavam quando convivíamos diariamente e só nos lembramos dos momentos divertidos que passámos. Já não temos 20 anos, mas se calhar por isso mesmo podíamos (ou devíamos?) ter mudado um pouco, corrigido algumas pequeninas, ínfimas falhas das nossas personalidades. Tu, por exemplo, podias deixar de ser tão complicada - a vida não tem de ser um drama! E tu podias largar esse mau feitio. Já agora, tu bem podias deixar de gozar com tudo e com todos… Será que conseguimos retomar estas amizades, agora que já não temos paciência para certas atitudes?
Parece impossível como está tudo exactamente na mesma. Temos é umas ruguinhas a mais…

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